Achei magnífico esse comentário do Pe. Zezinho,   tenho quase certeza de que ninguém escreveria melhor sobre tal  assunto,  com simplicidade e educação, ele dá uma lição de sabedoria . Eu como cristã católica e crítica, me sinto na   obrigação de postar isso em meu blog.
OS FLAUTISTAS E O  DOM DAS  LINGUAS
Eles  questionam o mundo e alguns deles até  questionam padres, bispos e  teólogos quem não têm este dom, ou quem  eles não consideram batizado no  Espírito. Fraternalmente questionemos o  dom das línguas e quem diz que o  recebeu. Os evangelhos, as epístolas e  a Igreja nos dão esse direito.
Existir,  ele existe! Paulo disse que o  possuía, mas pouco usufruía dele. Falava  em línguas mais do que todos  de Corinto,  mas preferia exercer outros  dons que também possuía.  Achava-os mais úteis à comunidade. Está na  carta de Paulo aos Coríntios  (1 Cor 14, 2-39) Mais claro é impossível.  Não entende quem não quer.  Há dons melhores e maiores, mas não é um dom a  ser minimizado e  desprezado. Tem seu significado e a sua razão de ser,  quando de fato é  dom e quando o fiel que afirma possuí-lo, não está  brincando de emitir  sons estranhos. A Igreja já se pronunciou sobre  isso, não uma: diversas  vezes!
Comparemo-lo  o dom das  línguas ao dom da canção, que não deixa de ser uma forma de  linguagem  também dada pelo céu. No caso da inspiração para tocar e  cantar, Deus  às vezes dá o dom de compor, às vezes o de cantar , ou o de  tocar, ou o  de interpretar a canção de um outro. Tudo é dom, mas tem  que ser  trabalhado. 
Há pessoas que  não  receberam o dom da canção. Tocam e cantam desafinados ou sem ritmo e  nem  percebem que estão fora do tom. Paremos de bajular um irmão que  canta  mal. Que procure e exerça outros dons, mas não este! Cabe aos  irmãos e  amigos dizer-lhes a verdade. Se insistir em tocar e cantar em  público,  vai destoar e pagar mico... Cantar ao microfone  não é para  todos.  Orar  em línguas também não é. Quem não tem o dom não brinque  com ele. Quem o  tem também não brinque! 
Ponhamos 5 mil flautas  nas mãos de 5 mil fiéis  em oração. Peçamos a eles que louvem o Senhor,  tocando alguma melodia.   Vai haver uma algaravia de sons, mas como  poucos têm o dom, uns  poucos tocarão melodias harmoniosas que digam  coisa com coisa. Os  demais certamente arrancarão algum ruído da sua  flauta, mas é o que  será: ruído. Não será música!
Voltando  ao dom das línguas, há irmãos e irmãs  que certamente o possuem. Neles é  dom e é som. Não há como negar. Sua  vida, repleta de outros dons,  também manifesta este. É bom para eles.  Deus lhes dá esses eflúvios como  consolo. Mas, como diz Paulo, falar em  línguas é para o proveito  pessoal, de quem certamente têm outros dons a  oferecer à Igreja. O dom e  o som de uma língua não conhecida  conforta-os e os transporta a um  estado de entrega que, no seu caso,  parece fazer bem. Quem não fala em  línguas terá outros consolos. Para  servir o Espírito Santo não é preciso  saber orar em línguas.  
E há os outros. Não  falam, mas agem como se  falassem. Lembram o violonista que não toca  direito, mas age como se  tocasse. Devem ser questionados. Quem somos nós  para julgar se possuem  ou não o dom? Os mesmos que possuem o dom de  interpretar porque leram,  estudaram e também receberam um dom. Os mesmos  que podem dizer de um  cantor é afinado ou não é. No caso deles, não  parece que entenderam o  som que andam emitindo, às vezes influenciado  pelos outros. Se todo  mundo está tirando algum som da sua flauta porque  não ele?  Não é  critério para tocar na igreja! 
É  isso! Ele tira um som porque outros também  tiram. Som do céu é que não  é. Mas, como temos visto poucos intérpretes  nessas assembléias e Paulo  continua desobedecido, fazem o som que bem  entendem e chamam a isso de  dom das línguas. Uns poucos mostram o dom.  Eles mostram o som. Dos cinco  mil flautistas uns 100 talvez consigam  tocar uma melodia inteira. Os  outros farão barulho, por mais que chamem  a isso de música!
Eu  disse  isso uma vez numa assembléia e quase saí apedrejado. Acharam que  não se  pode comparar o dom das línguas com o dom de compor e cantar. E  aí é  que se enganam. O dom de línguas existe para edificar e o de cantar   também. Se alguém toca mal, canta mal e desafinado, que tenha a   humildade de pedir ajuda, e primeiro aprender o que é cantar e tocar   para Deus. Também os que dizem ter o dom das línguas, primeiro aprendam o   que significa possuir este dom. Nem o cantor deve brincar de cantar    compor canções mal estruturadas e sem catequese, praticamente copiando o   som e a letra dos outros, nem o que fala em línguas deve fazer de  conta  que seu som é um dom. Às vezes é apenas imitação do som de um  outro. 
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